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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Comentários aos comentários sobre minha resposta ao manifesto de M. Chauí e P. Singer

Algumas considerações:

1) Concordo em que é necessário sim dialogar com Irã, Venezuela, Cuba & Cia, mas acredito que Lula foi um pouco além do simples diálogo. Seus comentários a respeito dos protesto dos iranianos contra a eleição provavelmente forjada do... (não sei escrever aquele nome terrível, rs)... do líder iraniano, a respeito da greve de fome dos presos políticos cubanos, seu silêncio quanto ao fechamento de redes de tv e jornais na Venezuela... Tudo isso faz com que se possa suspeitar da concepção de democracia do PT

2) Discordo do seu relativismo quanto à definição de democracia. Se por um lado é preciso reconhecer os entraves às liberdades, em geral, onde quer que elas existam ou deixem de existir, por outro é preciso estipular parâmetros e definir quem se aproxima e quem se distancia deles. Os EUA deixam a desejar em vários aspectos nesse sentido sim, mas comparados aos outros citados aqui, podemos dizer que internamente são sim democráticos. Eleições (+) transparentes, separação igreja/estado, liberdade de crítica, mobilidade social (ascensão das minorias, Barack Obama negro), igualdade entre os gêneros, alternância no poder, etc. Seu ponto fraco é o apoio a regimes autoritários e ditaduras nos quatro cantos do mundo, de acordo com seus próprios interesses. Isso, no meu entender, precisa ser analisado, porém, primeiro na ótica da guerra fria. Segundo, pela geopolítica internacional. O apoio às democracias precisa ser a tônica geral dos países. Se os outros também titubeiam nessa defesa (o Brasil, inclusive), os EUA não podem ser os únicos responsabilizados. E digamos que eles, por outro lado, também dão grande incentivo às democracias nascentes, o caso da Nação Palestina, por exemplo, que elegeu o Hamas e, mesmo assim, continua contando com o apoio dos EUA para a criação do estado palestino.

3) Quanto ao Brasil ter se saído bem na crise, concordo quanto à importância do mercado interno. Ele não seria suficiente pra conter o desemprego e a recessão, porém, caso fôssemos exportadores de tecnologia. Acompanho os debates na Globonews, GNT, e pude constatar que essa posição não é só da 'The Economist". Como já citei, endossam essa análise o Carlos Alberto Sardenberg, O Ricardo Amorin & Cia.

4) Eu vi sim Serra tocar na questão dos cargos de comissão. E numa rápida pesquisa no Google encontrei esses links aqui dando destaque ao tema, inclusive um que critica Serra justamente por tentar promover meritocracia na carreira do magistério. Dê uma olhada: http://www.google.com.br/search?sourceid=chrome&ie=UTF-8&q=meritocracia+Serra

5) Sobre conrole das mídias, acredito que a melhor forma de controle é a quebra de monopólios no setor e o incentivo a novos canais de comunicação (jornais, revistas, rádio, televisão), mas nunca monitoramento. Salvaguardado o direito de todos os setores de criarem seus próprios veículos, a regulação do setor deverá caber aos leitores. Eles é que darão sua credibilidade ou não aos fornecedores de notícias.

Abs

Alexandre

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