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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Sobre EAD e a melhor proporção professor/alunos

Comentário postado em resposta ao artigo "O Pesadelo da EaD", de autoria de 'De Mattar'

Alguns breves comentários de quem não está a par da conjuntura que envolve hoje a EAD, mas que há muito reflete sobre as grandes questões envolvendo a macro-educação:

Deixando de lado as questões trabalhistas e me atendo ao problema pedagógico, penso que o futuro da EAD deverá envolver a ampla utilização das redes sociais. O Facebook é um exemplo de rede social que constantemente inova na oferta de aplicativos. Daí para redes sociais aplicadas, ou mesmo no interior das grandes redes, que ofereçam aplicativos que permitam interações ricas entre os internautas e alunos também do ensino formal (encaremos as atuais redes sociais como 'ensino informal'), penso que é um pulo. Nesse contexto, não penso que a proporção de 400 alunos por professor seja um absurdo, mas somente nesse contexto. Mark Zuckerberg e sua equipe de, talvez, 50 funcionários não 'ensinam' (de certa forma) cerca de 2 bilhões de alunos? 1 professor pra cada... 40 milhões de alunos...

Claro, não quero aqui colocar ensino formal e informal no mesmo patamar, mas sempre me opus ao muro de Berlim que nossas universidades (fiz pedagogia na USP) construíram ente os dois lados. E o resultado tá aí. A grande revolução da educação contemporânea - a revolução da comunicação - passa ao largo dos muros da escola brasileira, especialmente da escola pública. As Lan houses ensinam mais...

Resumo: eu defendo a) uma maior interação entre ensino formal e informal; b) que os professores sejam formados no amplo conhecimento dessas redes para que possam utilizar-se delas (construindo aplicativos também) como ferramenta para dinâmicas de aprendizagem 'horizontal' (e não somente vertical). Dinâmicas entre alunos (aprendizagem horizontal) apenas acompanhadas e mediadas pelos professores; c) aulas magnas, com professores de renome, via teleconferência; d) encontros presenciais livremente combinados entre os alunos, como atualmente já se dá a partir das redes sociais abertas.

Essas são algumas poucas reflexões a respeito. Não quero, porém, diminuir a importância das questões trabalhistas. Até porque trata-se aqui de dar todo o apoio à categoria profissional dos professores nesse processo de transição para uma educação mais global e tecnológica. Educação Fordista, mas também Mcluhiana.
 
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