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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Anima Session apresenta... Entrevista com o Homem Dragão




Já ouviram falar em "Talk-Walk-Fly-&-Teleport-Show"? Nem eu. Na verdade, trata-se do nome mais apropriado que consegui achar pra performance virtual que vocês vão ver (se tiverem paciência e/ou quiserem ganhar uma cerveja de graça na próxima vez que nos encontrarmos...). É uma animação, mas uma animação diferente. O gênero talvez possa ser definido como "Performance Virtual". Trata-se da junção de duas artes: Virtual Filmmaking (Cinema Virtual) e Marionete Digital (Digital Puppetry). O nome antigo (ainda usado) era "machinima" (de "machine" + "anima") mas já está ultrapassado: hoje todas as animações, desde as amadoras às produzidas pelos grandes estúdios, são feitas em "máquinas" (pc's, mac's, etc). Caso resolvam encarar a empreitada, considerem por favor que eu não tenho uma equipe (tive somente a participação, como atores, dos dois avatares "marionetes" convidados). E que, portanto, desempenhei as seguintes tarefas sozinho:

a) Preparativos: escolha do formato do programa, pesquisa e montagem do cenário e do figurino, pesquisa e convite aos avatares "extras", configurações de câmera, som, download e pesquisa de músicas autorizadas (embora tenha havido um probleminha aí...), etc.
b) Performance em tempo real: desempenhei, ao mesmo tempo, as tarefas de cineasta virtual (filmei com mouse 3D utiliizando a mão direita) e marionetista digital (fala, movimentação do meu avatar utilizando mouse comum e teclado, alternadamente, com a mão esquerda).
c) Edição, publicação e divulgação.

Por fim, considerem também que:

a) Esta é a única modalidade de animação que pode ser transmitida ao vivo. A única razão de eu ainda não fazê-lo (a não ser em um ou outro teste em webtv's gratuitas) é que, para que isto seja viável com qualidade, a taxa de upload (não download...) tem de ser, no mínimo, de 10 megas por segundo.
b) Esta é, dentre as modalidade de animação, a que apresenta o melhor custo/benefício financeiro (artistas e técnicos podem trabalhar juntos, em tempo real, de qualquer canto do planeta, sem a necessidade de gastos com locação, cenários, custos com viagens, hotéis, etc, etc, etc...)

Espero que gostem do capítulo 0 do meu Talk-Walk-Fly-&-Teleport-Show" (pensem na cerveja de graça...)

PS: rodado no ambiente virtual de Second Life

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Ha,ha,ha,ha,ha,ha,ha,ha,ha.... Minha querida e revolucionária Isadora... por isso só os loucos e as crianças fazem revoluções: ambos são ingênuos. Pra fazer uma revolução é preciso uma boa dose de ingenuidade. Você faz e... quando vai ver, se toca que aquilo tudo foi uma loucura, não acredita como conseguiu, etc. Mas aí vc já fez e... bom, das duas uma: ou vc passa o resto da vida contando a aventura pros outros, e isso é bom pras novas gerações (saber como foi o passado por alguém que o viveu e protagonizou) ou vc se torna um reaça de marca maior porque agora os mais jovens que vc é que vão querer fazer uma outra revolução que questiona as bases da que vc fez no passado (mesmo que essa outra revolução se assente sobre os resultados da que você fez). Li certa vez (não lembro onde) que Einstein atribuía a teoria da relatividade em parte ao seu desenvolvimento tardio (ele começou a falar parece que só lá pelos 5 anos. Seus pais já estavam tão preocupados que o levaram ao médico). Ele dizia ter começado a pensar em coisas como tempo e espaço, coisas nas quais só as crianças pensam, muito tarde, porém já com as ferramentas intelectuais de um adulto. Deu no que deu. Bom... ainda espero outras revoluções de vc, que ainda é bem novinha e tem muito chão pela frente. Esta do salário dos políticos, por exemplo. Depois, quando ficar velhinha, vc vai ter lindas histórias pra contar, mas lembre-se: não se aferre com unhas e dentes ao mundo que vc ajudou a construir. Se isto acontecer, vc vai ficar como seus professores e os avestruzes da lenda: com a cabeça dentro de um buraco pra não ver as bases do mundo que vc ajudou a construir ruindo (que é o que as revoluções fazem: roem as bases do mundo). Essa resistência ao novo se assemelha, paradoxalmente, às sereias que hipnotizavam os marinheiros de Ulisses com seu belo canto, mas que depois os devoravam quando estes pulavam ao mar, alucinados. Mas ela tem um outro nome: "Ideologia". É tão antiga que criou raízes. Por isso a coitada nem consegue mais andar. Talvez seja por isso também, por raiva de não conseguir mais andar, que ela vive hoje tentando comprar a gente com a única coisa preciosa que lhe restou, o radical (de "raiz") com o qual ela foi construída: a palavra "idéia". Sabe o que vc deve fazer quando a "Ideologia" vier com esse papo de que tem algo muito precioso pra te vender, as tais "idéias"? Exatamente o mesmo que você tem feito esse tempo todo: mostre a ela que você já as possui, porém resolveu fazer outro uso delas que não ficar chantageando e tentando enganar as pessoas. Diga que você as utilizou como matérias-primas pra construir algo muito mais útil, porque extremamente escasso hoje em dia. Algo chamado "ideais". E que são eles, os ideais (e não somente as idéias e muito menos ela, a "Ideologia"), que nos mantém livres, leves e soltos pra sair pra passear quando queremos. Que são eles que nos permitem continuar vendo a luz do sol e da lua, sinais de que o mundo continua girando :)
 
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